Os Vírus Autorreplicantes Realmente Podem Existirem Segundo A Ciência

  Na Terra,os cientistas não conhecem alguma espécie de vírus que seja autorreplicantes,isto é,eles devem se reproduzem sozinhos como fazem as bactérias e as arqueias,os vírus podem tornarem-se autorreplicantes e para isso acontecer eles apenas devem terem os genes da maquinaria enzimática dos códigos genéticos,ou seja genes que produzem as enzimas necessárias para a replicação do DNA ou do RNA,sendo elas:O processo inicia quando a enzima Helicase separa as duas fitas do DNA formando a forquilha de replicação (garfo de replicação),após isso a enzima Primase inicia a replicação do DNA construindo um pequeno pedaço de RNA chamado 'primer de DNA' que marcará o início da replicação do DNA e após isso a enzima DNA Polimerase forma uma nova fita de DNA adicionando as "letras" nela de acordo com as "letras" da fita-modelo,nas quais a adenina (C5H5N5) sempre ligará-se à timina (C5H6N2O2) e a citosina (C4H5N3O) sempre ligará-se à guanina (C5H5N5O),assim quando tiver a adenina (C5H5N5) na fita-modelo,a DNA Polimerase colocará a timina (C5H6N2O2) nessa nova fita de DNA e vice-versa e onde tiver a citosina (C4H5N3O) na fita-modelo,a DNA Polimerase colocará a guanina (C5H5N5O) na nova fita de DNA e vice-versa,esse processo será contínuo até a DNA Polimerase atingir onde a Primase colocou outro primer de RNA que marcará o início de outro gene,após todos os genes estarem replicados nessa nova fita de DNA,os primers serão removidos pela enzima Exonuclease e os espaços deixados pelos primers de RNA serão preenchidos novamente pela DNA Polimerase de acordo com as "letras" contidas na fita-modelo e o processo finalmente chegará ao fim quando a enzima DNA Ligase colar essas "letras" dessa nova fita de DNA na fita-modelo de DNA,na fita onde ela está ligando-se agora e no esqueleto do DNA que é composto pelo açúcar desoxirribose e os íons de fosfatos. Além disso,no caso do DNA temos que observar que as duas fitas seguem sentidos opostos,já que uma é contínua e segue o sentido 5' para 3' e portanto não precisa ser constantemente interrompida pela enzima Primase,e a outra é tardia e segue o sentido 3' para 5' e portanto a DNA Polimerase deverá andar para trás para duplicá-la,assim para evitar erros e danos nos genes e nos genomas do DNA,a enzima Primase interrompe-a constantemente colocando primers de DNA em seu caminho,formando assim pequenos pedaços de RNA entre esses primers de DNA conhecidos como fragmentos de Okazaki até a enzima Exonuclease removê-los e o espaço deixado por eles ser logicamente preenchidos pela DNA Polimerase. E no caso da replicação do RNA,o processo inicia quando a enzima Primase coloca um primer de RNA no RNA marcando o início de um gene,assim como ela faz no DNA e após isso o processo de replicação do RNA é semelhante ao do DNA,porém quem une as "letras" é a enzima RNA Polimerase colocando as "letras" na nova fita de RNA de acordo com as "letras" existentes na fita-modelo de RNA,porém no caso do RNA,a adenina sempre ligará-se à uracila (C4H4N2O2) e não à timina (C5H6N2O2) e vice-versa,porém a citosina (C4H5N3O) continuará a sempre ligar-se à guanina (C5H5N5O) e vice-versa,esse processo será contínuo até ela atingir os primers de RNA novamente que marcará o início de um outro gene,tais primers serão removidos pela enzima Exonuclease e os espaços deixados por eles serão preenchidos pela enzima RNA Polimerase e após isso a enzima RNA Ligase irá unir as nucleobases do RNA em seus esqueletos formados pelo açúcar ribose e os íons de fosfatos.

 Mas tanto a replicação do DNA como a replicação do RNA apenas é possível graças a ação das enzimas Topoisomerases que aliviam a tensão entre as nucleobases,permitindo assim uma replicação contínua. Além disso é importante ressaltar que apesar da enzima DNA Polimerase ou RNA Polimerase adicionarem nucleobases aos seus respectivos códigos genéticos,elas nunca removerão-as,mas sim as enzimas Glicosilases e cada "letra" genética possui sua própria glicosilase,porém pedaços danificados ou incorretos do DNA e do RNA são removidos pelas enzimas Exonuclease de Reparo,e cada fita do DNA possui sua própria Exonuclease de Reparo,já que há aquelas que andam no sentido contínuo da reparação genética (5' para 3') e aquelas que andam para trás e de ré na reparação genética (3' para 5'),porém são as enzimas de restrição ou Polimerase de Reparo que adicionam pedaços ao DNA ou ao RNA,permitindo assim a introdução de novos genes aos códigos genéticos,ao cortá-los em locais específicos deles,tais locais específicos do RNA ou DNA são chamados de "sítios de restrição ou sequências-alvos" e possuem uma sequência específica de nucleobases para cortarem o RNA ou o DNA nesses locais,entretanto há vários tipos de enzimas de restrição (Polimerase de Reparo) que reconhecem uma determinada sequência específica dos códigos genéticos,porém apesar disso acontecer,uma coisa não mudará entre elas:A maioria das sequências-alvos (sítios de reparação) reconhecidas pelas enzimas de restrição são palindrômicas,já que podem serem lidas tanto de frente para trás como de trás para frente como TAATAAT,por exemplo,isso faz com que as enzimas de restrição cortem ambas as duas fitas do DNA,porém além de cortarem os materiais genéticos,elas se ligam neles formando fragmentos rômbicos e coesivos que serão capazes de se ligarem ao plasmídeo (pedaços de DNA ou de RNA),permitindo assim a inserção de novos genes aos códigos genéticos,entretanto a inserção de plasmídeos ao DNA ou ao RNA apenas ocorrerá quando os plasmídeos e o lugar onde as enzimas de restrição (DNA Polimerase de Reparo ou RNA Polimerase de Reparo) tiverem terminações correspondentes para finalmente serem colocados lá e colados pela enzima DNA Ligase ou RNA Ligase no caso do RNA.

 Entretanto,o fato mais importante a ser considerado é que com os genes específicos que codificam cada enzima envolvida no processo de replicação do RNA ou do DNA presentes nos códigos genéticos de um determinado ser vivo que suas sínteses ocorrerá exatamente igual a de qualquer outra proteína.

 Após isso,os dois DNAs ou dois RNAs irão se separarem,formando uma nova membrana viral fazendo com que os dois códigos genéticos migrem para regiões opostas do vírus,isso também fará com que esses possíveis vírus autorreplicantes aumentem de tamanho,assim como a ocorrência de um grande aumento de ribossomos e outros componentes virais,fazendo com que a membrana viral se alonguem e formem uma parede viral entre esses dois vírus-filhos num processo nomeado de 'septação',o que levará a separação desses dois vírus-filhos,processo esse idêntico ao que acontece com a fissão celular bacteriana,entretanto apesar disso poder realmente existir na natureza,nenhum cientista encontrou um só vírus que consegue se autorreplicar.

 Porém,a autorreplicação tenderá a precisar da síntese ribossômica,isso porque todo ser vivo precisa de proteínas (conjunto de peptídeos que são formados por um grupo de aminoácidos unidos uns aos outros que são codificados pelos códons do RNA mensageiro maduro,entretanto antes disso eles são trazidos pelo RNA transportador que trarão consigo anticódons para a codificação acontecer,as três "letras" do RNA transportador deve ligar-se à três "letras" do RNA mensageiro maduro para a liberação do aminoácido acontecer,por exemplo,um RNA transportador traz consigo o aminoácido triptofano que possui os anticódons ACC no RNA transportador,logo ele deverá ligar-se aos códons UGG do RNA mensageiro),e quem faz todo esse trabalho são os ribossomos,mas primeiro,eles devem terem os genes necessários para a produção de ribossomos em seus códigos genéticos e após isso,a enzima Primase coloca um primer de RNA que indicará o início do gene ribossômico para que a enzima RNA Polimerase produza um pequeno pedaço de RNA ou de DNA que são os genes ribossômicos,após isso esse pedaço de RNA ou de DNA imaturo deverá ser amadurecido retirando-se as partes não-codificantes (intrões) e deixando apenas as partes codificantes (exões) que serão removidos pelos spliciossomos que também unirão os exões,após isso os ribossomos deverão serem montados associando as proteínas conhecidas como subunidade maior (50S) e subunidade menor (30S) ao próprio RNA ribossômico,através de várias proteínas e complexos ribonucleoproteicos,porém essas subunidades ribossômicas irão unir-se umas às outras quando o RNA mensageiro maduro aderir à subunidade ribossômica menor,através do fato da subunidade ribossômica menor ligar-se à região 5' do RNA mensageiro maduro através do códon AUG que localiza-se na cápsula de meteonina que por sua vez liga-se ao Sítio P (peptidil) dela,isso fará com que a subunidade ribossômica menor mova-se para o primer de iniciação do RNA mensageiro maduro,atraindo assim portanto a subunidade ribossômica maior,agora juntas formarão um ribossomo funcional já que isso permitirá que elas duas consigam converterem os códons do RNA mensageiro maduro em aminoácidos ao fazerem com que o RNA transportador libere-os após seus anticódons ligarem aos códons desse RNA mensageiro maduro,porém após a síntese proteica terminar no códon de parada UAG e o fator de liberação entrar no sítio A dos ribossomos e a tradução proteica chegar ao fim,as duas subunidades ribossômicas deverão se separarem,pois isso desativarão os ribossomos.

 Vale salientarmos também que cada RNA transportador entra no sítio A do ribossomo e cada um é complementar ao outro da fileira de RNAs transportadores e cada vez que um libera seu aminoácido,ele é atraído pelo aminoácido do RNA transportador sucessor a ele na fila,formando assim as proteínas.

 Tal processo biológico pode sim acontecer com os vírus,mas os exemplares conhecidos aqui na Terra não possuem genes para produzirem seus próprios ribossomos e nem tão pouco genes para produzirem a maquinaria enzimática necessária para a replicação de seus próprios códigos genéticos,apesar de que alguns vírus tais como os herpesvírus,os adenovírus,os poliomavírus e os papilomavírus,por exemplo,possuírem a DNA polimerase e portanto serem considerados autorreplicantes,porém mesmo assim necessitam das células para se reproduzirem usando sua maquinaria enzimática para isso acontecer.

 Os vírus autorreplicantes podem ser classificados em duas categorias:Aqueles que já nascem com a maquinaria enzimática necessária para a replicação de seus materiais genéticos e aqueles que originalmente não possuíam a tal maquinaria enzimática para a replicação de seus materiais genéticos e portanto precisavam das células para se reproduzirem,porém eles acabaram sequestrando a maquinaria enzimática celular e incorporando-a em seus materiais genéticos e agora são autorreplicantes,e o tal processo é tão possível de acontecer que alguns vírus possuem a capacidade de incorporarem seus genomas nos genomas celulares,como os famosos vírus da família viral de retrovírus como o HIV e o HTLV tais vírus formam prófagos por estarem totalmente inseridos no genoma de seus hospedeiros,e nesse processo eles conseguem facilmente se misturarem no código genético de seus hospedeiros,usando principalmente a enzima DNA transcriptase reversa para converterem seus códigos genéticos que originalmente estão escritos em RNA para o formato de DNA quando isso seja necessário e eles podem sim pegarem alguns genes celulares e incorporarem aos seus próprios códigos genéticos num processo conhecido como 'transferência horizontal de genes',processo esse tão possível que eles mesmos utilizam tais coisas para formarem versões mais potentes e mais resistentes aos remédios antivirais,assim por causa disso concluímos que algum vírus até mesmo os terráqueos podem sim capturarem os genes para produzirem a maquinaria enzimática necessária para a replicação de seus códigos genéticos e os genes para produzirem ribossomos por livre e espontânea vontade de suas células hospedeiras,tornando-se assim vírus autorreplicantes e sintetizantes de proteínas,além disso não podemos nos esquecer que a profagia pode fazer com que todo o genoma celular seja mudado,tais como duplicado,deletado ou terem nucleobases e genes inteiros trocados de lugar,entretanto tal estratégia evolutiva é muito comum em bacteriófagos (vírus que devoram bactérias),nas quais a profagia viral é tão potente que o bacteriófago lambda ao chegar numa determinada célula irá decidir se atacará-la-á ou não,caso negativo,ele se integra no material genético bacteriano e se replica inofensivamente enquanto a bactéria também se replica,usando a proteína CI para ouvir possíveis sinais de danos no DNA bacteriano e caso positivo,ele irá sair imediatamente da célula hospedeira,já o bacteriófago Coliphage 186 usa um pequeno pedaço de DNA em seus materiais genéticos para a proteína bacteriana LexA ligar-se e ele poder grampear o material genético bacteriano para detectar possíveis danos neles,revelando-nos que os vírus podem sim sequestrarem genes essenciais de seu hospedeiro,tais como aqueles da maquinaria genética para produzirema as enzimas ligadas à replicação dos materiais genéticos e aqueles relacionados ao sexo,por exemplo.

 A ideia de que pode haver vírus autorreplicantes pode parecer algo fictício,mas isso pode realmente existir,já que algumas espécies de bactérias tais como as bactérias do gênero Rhizobium,a bactéria Wolbachia,a Chlamydia trachomatis,a Rickttesia rickettsii,a Legionella pneumophila,a Mycobacterium turbeculosis,por exemplo. Nas quais,algumas espécies são patógenas e causam várias doenças e algumas espécies são simbióticas. Isso evidencia-nos que assim como existem bactérias que não conseguem se reproduzirem sozinhas como fazem os vírus,deverá haver vírus que também conseguem se reproduzirem sozinhos como as bactérias.

AUTOR DO TEXTO:José Aldeir de Oliveira Júnior.


Foto de José Aldeir de Oliveira Júnior,fundador do blog A Química Extradimensional,do blog A Astronomia Extradimensional,do blog A Matemática Extradimensional e do blog A Possível Vida Alienígena Que Pode Existir,sendo uma das pessoas crentes de que vírus autorreplicantes podem realmente existirem segundo a ciência.



Vírus  Autorreplicantes Realmente Podem Existirem Segundo A Ciência by José Aldeir de Oliveira Júnior is licensed under CC BY 4.0


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